Dakar Argentina-Chile 2009

Os erros de cálculo e o 'salvador' de Jobard





Num Dakar, por vezes, dentro do azar consegue haver sempre alguma sorte. Foi o que aconteceu com o motard francês Willy Jobard, que pode levar já para casa algumas histórias caricatas.

A cerca de 100 metros da chegada em La Junta, o motard ficou sem gasolina. A razão? Um erro no calculo do consumo da sua moto. "Tinha repartido a gasolina entre o depósito dianteiro e o traseiro, mas não fiz a mudança no momento certo, pelo que a 100 metros da meta não me restava nada. Os meus cálculos saíram errados por 100 metros", confessou o piloto que cortou a linha de chegada a empurrar a moto.

Mas, se esta situação não foi muito grave, dada a proximidade da meta, alguns dias antes a preocupação foi o principal sentimento vivido por Jobard, que quase abandonou a prova, não fosse a ajuda de um espectador.

"O meu pneu traseiro estava desfeito e de repente um espectador veio ter comigo e disse-me que tinha uma moto em casa. 'Que tipo de mota?' perguntei eu. 'Uma Honda 600XR', respondeu ele. 'Então parece que me podes ajudar'", respondeu Willy Jobard, que esperou hora e meia para que o homem voltasse com a sua moto, que já não devia ser posta em funcionamento há muito tempo.

No entanto, e talvez por isso, o pneu tinha um problema: estava demasiado velho. Mas como a 'cavalo dado não se olha o dente', Jobard reparou a moto e terminou a etapa."O pneu era tão velho que durante a etapa os tacos iam caindo um atrás do outro. Mas consegui chegar ao final!, acrescentou o motard, que mais tarde voltou ao seu 'salvador' para lhe agradecer.

"Quis pagar-lhe, oferecer-lhe um par de pneus, mas ele não quis aceitar. Estava contente por me ter ajudado", completou Willy Jobard, 83º da geral, logo atrás de Alain Duclos.

Piloto português prossegue em prova

Ricardo L. Santos: "Não fazia sentido sermos penalizados por uma situação que não criámos"


Ricardo Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima, em BMW X5, continuam em prova no Dakar Argentina Chile depois de ao longo de três dias terem descido ao "inferno".


Ontem foi dia de descanso em Valparaiso, no Chile e tal como seria da mais elementar justiça o piloto do Pioneer Desert Team Delta Q teve a sua participação na corrida assegurada depois de ontem ter sido informado que estava fora de prova.

"Fui obrigado a parar a 20 quilómetros do CP1 da 6ª etapa, quando 19 camiões bloqueavam a pista. Nessa altura fomos notificados pela organização que a prova estava neutralizada e que deveríamos aguardar por instruções quanto à forma de sair daquele local. A resolução do problema só aconteceu na manhã do dia seguinte, pelo que juntamente outros participantes, entre os quais estavam mais duas equipas portuguesas, só chegamos a Mendoza, final da 6ª etapa, pelas 15 horas locais", explica Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: "A essa hora já estava fechado o controle para o início da 7ª etapa, que os camiões ficaram dispensados de fazer. O mesmo acabou por acontecer, de forma forçada connosco. Não fazia qualquer sentido sermos penalizados por uma situação que não fomos nós a criar. Felizmente está tudo resolvido e agora com o nosso X5 totalmente revisto quero abordar a segunda metade da prova acreditando que tudo vai melhorar".

Após uma jornada de descanso nas orelhas do Oceano Pacífico, a prova ruma agora a norte em direcção ao deserto do Atacama que será abordado dentro de três dias. A próxima etapa com quase 300 quilómetros de sector selectivo será efectuada em média montanha com pistas que variam entre os rolante e o sinuoso bem à medida dos os pilotos mais tecnicistas.

Francisco Pita continua em prova





Depois de terem passado uma noite a dormir nas dunas, a equipa Francisco Pita e Humberto Gonçalves, continua em prova, depois de cumprir ontem o merecido dia de repouso.

Depois de toda a confusão que tem sido as derradeiras etapas, a direcção de prova decidiu reclassificar algumas equipas, vítimas da anulação da especial para os camiões. Os 40 camiões bloquearam as pistas e só no dia seguinte ás 06h:00 da manhã com o helicóptero foi possível desbloquear a situação, pelo que, a exemplo do sucedido com outros pilotos, não fazia sentido serem penalizados por culpa alheia.

Ainda há pessoal com espirito de ajuda, bem hajam

Volkswagen deu "mão livre" às suas duplas

Kris Nissen:"Os nossos pilotos podem lutar todos pela vitória"


Apesar de termos três duplas da Volkswagen na frente da classificação geral, o responsável máximo da equipa, Kris Nissen, afirma que todos os seus pilotos podem lutar pela vitória na prova.


Pelo menos, para o exterior, é esta a política que para já é assumida pela direcção da equipa, se bem que, muito naturalmente, esta liberdade esteja balizada:

"A única coisa que pedimos aos nossos pilotos é que respeitem os companheiros de equipa, e que não assumam demasiados riscos, de modo a chegarem com os carros até o fim da prova. Nesta altura, a meio da corrida não podemos falar de trabalho de equipa, pois com as diferenças existentes, isso não faz qualquer sentido.", referiu Nissen.

Carlos Sainz na frente

Como se sabe, Carlos Sainz é o líder da prova, apenas com nove segundos de vantagem para o sul-africano Giniel de Villiers. Em terceiro surge o norte-americano Mark Miller, e atrás da tripla da VW encontra-se o primeiro, e único, homem da Mitsubishi, Nani Roma, a cerca de 30 minutos de diferença do líder.

O "escudeiro" natural dos seus companheiros é Dieper Dipping, que ocupa a nona posição da geral, a quase cinco horas de Sainz, pelo que qualquer problema que suceda com os seus companheiros, o carro do alemão será sempre quem,,em teoria, estará mais perto para ajudar.

papabeer escreveu:

Ainda há pessoal com espirito de ajuda, bem hajam

Este ainda é o verdadeiro espirito do Dakar

Argentina-Chile Dakar 2009: 8ª Etapa

Coma mais líder, Hélder Rodrigues cai duas posições



Após o merecido dia de descanso, os sobreviventes deste duro Dakar retomaram hoje a corrida, tendo pela frente uma rápida e sinuosa especial de de 294 km cronometrados, na etapa que ligou Valparaíso a La Serena, no Chile.



Após o seu primeiro êxito em Mendonza, Cyril Desprès voltou a ser o mais rápido do dia ao nível do pelotão das duas rodas (foi a sua 18ª vitória de sempre num Dakar), subindo mais dois lugares na geral e fixando-se agora no último lugar do pódio.

O francês da KTM Red Bull ganhou 1m49s a Marc Coma, continuando, porém, a mais de uma hora e meia do líder. O catalão aproveitou o menor rendimento de Jonah Street nesta etapa, que concluiu a mais 34 minutos do vencedor (29º), e consolidou mesmo a sua liderança para o seu rival mais directo: David Fretigné, quarto melhor da jornada, apesar de algo limitado menor velocidade de ponta da sua Yamaha de 450cc.

Sexto classificado à chegada ao dia de descanso, Hélder Rodrigues recuou hoje dois lugares na geral, para o oitavo posto, após registar o 12º melhor tempo, sendo mesmo batido pelo compatriota Paulo Gonçalves (11º), com o motard de Esposende a manter o 13º lugar da geral mas a ficar a menos de um minuto do brasileiro "Zé" Hélio, com quem luta pela segunda posição da categoria 450cc Super Produção.

Corrida dos automóveis segue em tons de azul

Carlos Sainz reforça liderança


Concluída a oitava etapa para os primeiros automóveis, confirma-se a terceira vitória de Carlos Sainz nesta edição do Dakar. Aproveitando as características do terreno, rápido e com algumas zonas técnicas, o madrileno voou a caminho de La Serena, deixando os colegas de equipas Dieter Depping e Mark Miller respectivamente a 4m02s e 4m12s, num pódio todo ele monopolizado pelos azuis da Volkswagen... apesar dos escassos três segundos que separaram o Racing Lancer de Joan "Nani" Roma, único dos sobreviventes da Mitsubishi, do Racing Touareg 2 do norte-americano.


De qualquer forma, o que fica claro desta etapa é que Sainz descolou da liderança, passando de magros nove segundos de vantagem sobre Giniel de Villiers para uns mais tranquilos 10m57s, numa etapa em que o sul-africano não foi além do quinto melhor registo provisório, numa altura em que só tinham ainda chegado oito carros ao final da especial.

Enfim, e como prognosticava Carlos Sousa na sua crónica semanal ao AutoSport, estará já decicido internamente o vencedor deste Argentina-Chile Dakar 2009. É espanhol e antigo Bicampão do Mundo de Ralis...

Hélder Rodrigues desce para 8º lugar da geral







No regresso da caravana à acção, depois de um merecido descanso em Valparaiso, o motard Hélder Rodrigues terminou o dia no oitavo lugar da classificação geral. Foi um arranque suave ao longo da costa do Pacífico, antes da entrada no deserto de Atacama.



As equipas que até aqui conseguiram resistir a 5.000 quilómetros de aventura por cenários verdadeiramente demolidores para qualquer veículo voltaram hoje à acção para cumprir a segunda metade do Rali Dakar Argentina-Chile. Rolando em montanha a altitudes médias e tendo como pano de fundo o Oceano Pacífico, a oitava etapa terminou em La Serena depois de 652 quilómetros (294 de especial cronometrada).



Em pisos mistos sem dificuldades de maior, o piloto Hélder Rodrigues terminou o dia com o 12º melhor tempo, a 23m34s de Cyril Després - o actual detentor do título do Dakar que ainda assim continua muito longe do líder Marc Coma.



Com este resultado, o nosso melhor representante nesta maratona do T.T. mundial ocupa agora o 8º lugar da classificação geral. Rodrigues mantém-se no entanto optimista quando se aproxima a fase crítica da prova: "Estou desejoso de entrar no Atacama e de competir mais em pleno deserto, pois sei que é um cenário extremo onde me sinto muito à vontade". Dunas sem fim e temperaturas elevadas são alguns dos condimentos dos próximos dias aos quais apenas os mais preparados podem resistir.



Está a andar com tanto cuidado que dentro dias desaparece do Top10.

Pedro Bianchi Prata: "A especial não foi dura mas era perigosa"





Depois de um dia de descanso na costa do oceano pacifico, o arranque para a 8ª etapa entre Valparaiso e La Serena provou ser menos duro à nível físico do que as etapas anteriores.

O perigo assinalado no road book derivado ao piso escorregadio e as muitas ravinas que divisavam o caminho, foi o que mais incomodou Pedro Bianchi Prata. O piloto com a sua BMW G 450 X, realizou uma boa prestação sempre atento, determinado a não cometer erros de navegação e sempre consistente na sua performance, chegou ao fim da especial cronometrada em trigésimo quarto.

"A etapa correu muito bem. Estava determinado a melhorar a minha classificação. Parti em quadragésimo sexto e acabei a especial em trigésimo quarto. A especial não foi dura mas era perigosa, com muitas ravinas. O piso, apesar de escorregadio, era duro que permitiu andar mais rápido sem desgastar tanto a moto. Foi um dia mais técnico e com mais navegação. Para mim o mais importante era não me perder. Por um erro na navegação perdia-se imenso tempo portanto não arrisquei nada e fiz uma navegação limpa sem erros."

Amanhã a 9ª etapa entre La Serena e Copiapo será marcada pela entrada no deserto do Atacama, conhecido por ser o mais seco. Dunas, pedras e mudanças de pistas estão previstos na especial de 449km. Uma etapa que promete por à prova a determinação e força física de todos os pilotos.

Piloto luso ultrapassou hoje 59 carros

Ricardo Leal dos Santos: "O Pedro veio o tempo quase todo com a mão no sentinel"





Ricardo Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima, em BMW X5, entraram com o pé direito na segunda metade do Rali Dakar Argentina Chile e ultrapassados que foram os problemas vividos nos últimos dias efectuaram hoje uma notável recuperação com um notável resultado dentro do Top 20.

Hoje, entre Valparaiso e La Serena, no Chile, num sector selectivo com 294 quilómetros registaram o 18º tempo absoluto um resultado que, todavia, não reflecte plenamente a exibição da equipa, já que ao longo do percurso perderam preciosos minutos nas ultrapassagens a, nada menos do que 59 equipas. O BMW X5 do Pioneer Desert Team Delta Q, pilotado por Ricardo Leal dos Santos, largou da 100ª posição e foi o 41º carro a terminar o troço.

"Ao contrário das etapas muito rápidas das pampas esta era uma especial bem mais lenta, muito técnica e onde felizmente o pó não era tão denso. Ultrapassei mais de meia centena de carros e o Pedro veio o tempo quase todo com a mão no sentinel para conseguir afastar os concorrentes da nossa frente", explica Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: "Andei bem mas perdi mais de dez minutos com todas estas ultrapassagens, com um furo e com uma ligeira perdidela. Finalmente amanhã poderei partir junto de equipas com um andamento mais próximo do meu e tentar melhorar o resultado de hoje".

Amanhã a pontuação do Deserto do Atacama, considerado o mais árido do mundo, poderá ser sentida pelos competidores. Aqueles que esperam encontrar muitas dunas ficarão plenamente satisfeitos. Mas também terão uma boa quantidade de pedras. Esta etapa terá muitas trocas de terreno. O posicionamento das dificuldades, com grandes porções de dunas no final, irá forçar os pilotos a manter suas forças e mostrar polivalência.

Mantém o 33º lugar na geral

Adélio Machado: "Desenferrujei um pouco o acelerador do Toyota"





Adélio Machado manteve na etapa de ontem a sua posição como melhor piltoo luso no Dakar Argentina-Chile, mantendo a excelente 33ª posição que ocupava na chegada a Valparaiso.

A especial, com 294 km de troço cronometrado, assemelhava-se muito às provas portuguesas com um piso em terra, por vezes acidentado com pedras: "mas muito rolante, parecia uma Baja! Andamos com segurança e sempre a velocidades que ainda não tínhamos atingido neste Dakar. Deu para desenferrujar um pouco o acelerador do Toyota" revelou o piloto da Padock Competições bastante agradado com o resultado alcançado em terras chilenas.

"Depois do dia de descanso não esperava uma etapa fácil - muito técnica mas acessível, se tivermos em conta as dificuldades por que passamos nas duas anteriores. A pista estreia e o pó, mesmo não sendo tão compacto do que aquele que tivemos na Argentina, acabou por nos prejudicar bastante, já que tivemos que passar muitos carros. O facto de sair para a etapa numa posição que não a que ocupo à geral prejudicou um pouco o andamento, encontramos o piso já bastante deteriorado. De resto, tudo correu de bem, o carro está a corresponder às exigências e hoje nem um único furo, apenas um susto a meio da especial que quase nos punha fora de prova, quando saímos em frente..." concluiu Adélio Machado que ocupa agora a 4ª posição do agrupamento T2 numa altura em que a prova entra no mais árido deserto do mundo: "Amanhã [hoje] vamos atacar as dunas do deserto de Atacama, uma das etapas mais duras de roer deste Dakar. Espero poder estar bem preparado tal como me tenho sentido até aqui".

Martine Pereira: "Chegámos a rolar a mais de 160km/h"


'Às portas' do deserto de Atacama, considerado o mais árido do mundo, Martine Pereira e José Marques mantiveram ontem o bom ritmo depois do merecido dia de descanso.


A dupla da Padock Competições recuperou trinta posições em relação à ao lugar que ocupava na partida, estando agora na 71ª posição da geral, logo atrás do seu compatriota Ricardo Leal dos Santos.

Quanto à etapa de ontem em particular, Martine Pereira mostrava-se muito agradado com sua a prestação.

"Uma etapa do meu agrado, muito rápida ao meu estilo da "velocidade, mesmo encontrando já o piso bastante degradado e por vezes muito estreito".

"Hoje sem qualquer percalço o espírito é outro, encaramos este sector selectivo na desportiva porque já não temos nada para ganhar, depois da penalização de que fomos alvo. Partimos da cauda do pelotão e ainda assim recuperamos cerca de trinta lugares. Chegamos a rolar a mais de 160 km/h em piso acidentado, deu um grane gozo. Daqui para a frente vamos tentar cumprir e garantir um lugar no pódio em Buenos Aires. O carro está de novo impecável, aqueles homens são fantásticos, sempre a trabalhar. Partilho da opinião do meu amigo Adélio: A Padock tem os melhores mecânicos do mundo!" conclui o piloto de Famalicão.

Francisco Pita com ânimo redobrado





Depois de terem tido a permanência no Dakar ameaçada por uma decisão de desclassificação - entretanto anulada pelo Colégio de Comissários - Francisco Pita e Humberto Gonçalves continuam o Dakar Argentina/Chile com ânimo redobrado.

O objectivo é chegar ao fim do maior e mais famoso rali do mundo, contornando os inúmeros obstáculos de uma edição que se está a revelar extremamente dura.

Na confusão da etapa 7, a equipa 399 recebeu ordem de desclassificação, a par de muitas outras equipas concorrentes. Uma decisão que não convenceu os pilotos da equipa Toyota France, nomeadamente Francisco Pita, e que se apressaram a apresentar uma reclamação e um pedido de continuação em prova.

Autorizados a continuar em prova e, depois de gozarem em pleno um merecido dia de descanso, Pita e Gonçalves lançaram-se hoje à estrada logo aos primeiros raios da manhã, rumo a La Serena, para a oitava etapa que constitui o último aquecimento, antes da entrada nas temidas dunas do Chile, conhecidas pela sua imensidão e, por isso, temidas por todos os aventureiros do todo-o-terreno.

Nona etapa do Dakar Argentina-Chile

Frans Verhoeven vence etapa; portugueses em destaque


O holandês Frans Verhoeven, aos comandos de uma KTM da Vectra Racing Team, foi o vencedor da nona etapa do Dakar Argentina-Chile, que ligou La Serena a Copiapó, etapa que também contou com bons bons desempenhos por parte de Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves.


Quer o piloto da Lagos Team, quer o piloto da Repsol Honda, cotaram-se de forma sistemática entre os dez mais rápidos da etapa, com Rodrigues a terminar a tirada na sétima posição, a 10m28s, e Gonçalves em nono, a 15m55s do vencedor da etapa.

No que diz respeito á luta pela vitória na etapa, a meio da especial a batalha pela vitória parecia circunscrita a 'Chaleco' Lopez, Marc Coma e David Fretigné. No entanto, a parte final da etapa correu bem a Verhoeven, que assim chegou à meta com 03m09s de vantagem sobre Fretigné.

Lopez foi o terceiro, a cerca de meio minuto do francês, ao passo que Marc Coma chegou em quarto, a 04m59s.

Com estes resultados, na geral, em relação à luta pela liderança mantém-se tudo na mesma, com Coma a manter mais de uma hora de vantagem para Fretigné.

Enquanto a classificação ainda é provisória, Hélder Rodrigues volta a subir até ao sexto lugar, e Paulo Gonçalves salta para o décimo posto. Bianchi Prata ainda não cruzou a linha de meta.

Espanhol vence nona etapa do Dakar Argentina-Chile

Carlos Sainz reforça liderança


Carlos Sainz não desarma. O piloto espanhol da Volkswagen continua a não dar tréguas aos seus adversários e venceu a etapa número nove do Dakar Argentina-Chile, que ligou La Serena a Copiapó.


O espanhol, actual líder da geral, afirma-se cada vez mais como o principal candidato à vitória no rali mais duro do mundo, batendo hoje o seu companheiro de equipa Mark Miller, por 1m47s.

Apesar da vitória, quinta nesta edição do Dakar, o piloto espanhol era, no final, o espelho do cansaço. "Foi uma especial muito, muito, muito difícil, com inúmeras pedras e difícil do ponto de vista da navegação. Muito complicado", disse Sainz, ainda mais líder na geral.

Com um ritmo impressionante esteve também o norte-americano Robby Gordon, que levou o seu Hummer H3 até ao terceiro posto da etapa, com 2m16s de atraso.

O sul-americano Orlando Terranova levou o seu BMW ao quarto lugar da etapa, a já 10m06s de Sainz. Giniel de Villiers foi o quinto, noutro carro da VW, ficando na frente de outro BMW, desta feita, o do russo Novitskiy.

Quanto ao único Mitsubishi em prova, o de Juan Roma, chegou ao fim em sétimo, a 24m41s do VW de Sainz.

No que diz respeito aos portugueses, até ao momento ainda nenhum cruzou a meta. No entanto, e à pssagem do km 334, os dois melhores portugueses eram Leal dos Santos e Francisco Inocêncio, que vinham a rubricar excelentes prestações, com o primeiro a ocupar o 19º posto, e o segundo o 20º.

Na geral, com estes resultados, Carlos Sainz reforçou a sua liderança para o segundo classificado, que é agora Mark Miller.

Pedro Biachi Prata em ritmo cauteloso





O calor abrasador sentido hoje entre La Serena e Copiapó dificultou a etapa número nove do Dakar Argentina-Chile, resultando na diminuição da parte final da especial. Assim, 20km de dunas foram excluídas como precaução pelo perigo que a areia mole podia criar.

A especial, marcada pela muita navegação, troços fora de pista e muita areia, provou ser um desafio para muitos. Pedro Bianchi Prata voltou a enfrentar a especial ao ataque, o que se traduziu numa fase inicial bastante interessante.

"Foi uma especial demorada, com muita navegação e um piso variado. Comecei bem mas perto do km 76 fiz um erro no percurso que me fez perder tempo. Passei o resto da especial a compensar", começou por dizer o motard.

"Consegui ganhar tempo no piso mais duro mas assim que entrei para a pista de areia tirei gás de modo a assegurar a moto. A especial era longa, estava muito calor e quis poupar os pneus. Nas dunas andei bem, mas com cuidado para colocar-me à margem das armadilhas que a areia mole podia pregar", acrescentou Bianchi Prata.

Amanhã, a especial de 666km, a mais longa deste Dakar, vai desafiar todos com um troço de 100km de dunas perto do final. O calor extremo da zona vai complicar o percurso no deserto do Atacama com partida e fim em Copiapo.

Leal dos Santos consegue lugar no top 20


A etapa de hoje voltou a mostrar um Ricardo Leal dos Santos no seu melhor.


Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima, em BMW X5, confirmaram hoje, numa etapa plena de dificuldades, que são uma das melhores equipas privadas deste Rali Dakar Argentina Chile.

Os quatrocentos quilómetros de sector selectivo, disputados entre La Serena e Copiaco, foram ultrapassados em 7h36m12s o que permitiu ao piloto do Pioneer Desert Team Delta Q terminar a etapa na 20ª posição, ficando inclusive, à frente do piloto oficial da VW, Dieter Depping. O BMW X5 da dupla portuguesa foi ainda o melhor de entre as formações lusas.

"Ainda não foi desta que fizemos uma etapa limpa mas como já estamos no grupo da frente o tempo perdido é muito menor. Furámos logo de início e depois perdemo-nos. Nas ultrapassagens fomos um bocado trancados pelo Chabot", explica Ricardo Leal dos Santos.

"Depois do CP1 imprimimos um bom andamento e recuperámos algumas posições. Já na parte final, nas dunas, voltamos a ter um problema, quando o nosso BMW com falta de pressão de óleo parou e ficámos atascados. Só aí perdemos mais 10 a 15 minutos. Contava ter terminado nos 15 primeiros, mas fica para a próxima", acrescentou Leal dos Santos, satisfeito pela prestação de hoje.

Hélder Rodrigues: "A minha aposta deu dividendos"


Hélder Rodrigues voltou a brilhar hoje na nona especial do Dakar Argentina-Chile, ao efectuar o sétimo tempo. Mas, mais importante do que esse facto, foi o ter conseguido recuperar o sexto lugar na geral.


Com esta chegada em sétimo, naquela que foi a sua quinta chegada dentro do Top 10, o piloto da Lagos Team/TMN demontrou um bom nível de andamento, bem como uma boa capacidade de navegação.

Depois de ter andado mais cauteloso na véspera, o piloto português mostrou-se bastante à vontade, ao longo dos 430 quilómetros do troço cronometrado, rodando em constante progressão.

12º na partida e 10º aos quilómetros 57 e 95, Hélder Rodrigues imprimiu um bom andamento rodando em sexto lugar durante grande parte da especial, para terminar em sétimo. Em luta aguerrida pela vitória da etapa, David Frétigné e Francisco Lopez acabariam por ser surpreendidos, na parte final, pelo holandês Frans Verhoeven, grande vencedor do dia.

"Foi uma etapa bastante dura, principalmente na parte final onde houve muita navegação e muita gente a perder-se. Hesitei duas vezes e a partir dessa altura apostei num ritmo mais calmo concentrando-me no road-book e no GPS, em detrimento da velocidade", começou por frisar.

"A minha aposta pagou dividendos e estou contente por ter reconquistado o sexto lugar", referiu Hélder Rodrigues.

O piloto de Sintra recuperou assim dois lugares na classificação geral, com a desistência do norte-americano Jonah Street, devido a mazelas físicas e com a má prestação de Per-Anders Ullevaleseter, que terminou no 24º lugar. Hélder Rodrigues está a 29 segundos do quinto lugar, ocupado por Viladoms.

Martine Pereira recuperou posições





Concluída mais uma etapa do Dakar, Martine Pereira e José Marques regressaram ao bivouc em Copiapo com mais uma tarefa cumprida, depois de mais de quatrocentos quilómetros num trajecto de grande diversidade de piso, a exemplo das especiais "trazidas" da Argentina com o acréscimo da areia.

Com uma nova estratégia, a dupla da Padock Competições visa agora cumprir: "etapa a etapa para alcançar o tão desejado pódio no regresso a Buenos Aires com a melhor classificação passível, numa prova que já ficou marcada por uma excessiva penalização que deitou por terra qualquer pretensão de lutar pelos lugares de maior destaque no agrupamento T2".

Para o "rookie" famalicense o dia de hoje voltou a ser penoso e desgastante fisicamente, devido á dureza do trajecto com muita pedra e dunas na parte final da especial, terminada já com luz artificial: "O José Marques esteve impecável na navegação e não cometemos erros, conseguimos poupar a mecânica do Toyota e os pneumáticos, evitando os furos. Ao longo da etapa, mesmo partindo de posições atrasadas passamos muitos carros, recuperando algumas posições à geral", contou Martine Pereira depois de superar mais uma etapa da longa maratona todo terreno que é o Dakar, desafiando homens e máquinas: "quem consegue aguentar e superar todas estas contrariedades, pisos pedregosos e arranha-céus de areia, só tem que estar satisfeito com a sua entrega. Vamos continuar a nossa missão até Buenos Aires".

Piloto da Padock é o melhor português

Adélio Machado no pódio do T2


Adélio Machado e Laurent Flament ultrapassaram hoje mais uma longa e dura etapa do Dakar, que rumou ao deserto do Atacama em território chileno, ocupando agora um lugar no pódio T2. Esta nona especial ficou encurtada em cerca de vinte quilómetros, anulando a parte final do trajecto com um enorme cordão de dunas, mesmo assim, não deixou de ser trabalhosa para os pilotos, não permitindo erros de navegação:


"Este deserto do Atacama é duro de roer! Apanhamos ao longo do percurso de tudo, muita navegação, terra escorregadia, pedra e areia. Estávamos a andar a bom ritmo até sensivelmente ao quilómetro sessenta, altura em que nos desorientamos um pouco do rumo certo e andamos ali de um lado para o outro. Perdemos muito tempo e depois foi complicado passar tanta gente, em piso tão pedregoso, para chegar na melhor posição ao final da etapa. Pelo meio ainda sofremos um furo que nos atrasou em cerca de 15 minutos. A parte final da etapa, que mesmo encurtada, era muito complicada" começou por dizer o piloto da Padock Competições que tem sido penalizado na ordem de partida para as especiais: "é um facto.

Desde quinta-feira que não parto na ordem da classificação do dia anterior. Esta posição da organização tem-me penalizado bastante porque já encontro as estradas muito degradadas e a velocidade terá de ser menor" afirmou Adélio Machado que ficou algo surpreso quando constatou no site informativo do Dakar uma penalização indevida de 200 horas: "já solicitei essa rectificação, um erro de pronto reconhecido pela organização", reconheceu o piloto da Padock Competições, preparando-se para mais uma resistência à sua máquina na etapa de manhã que se antevê muito desgastante: "Seria muito importante partir o mais à frente possível para a especial de amanhã que se antevê muito difícil com verdadeiras montanhas de areia do deserto de Atacama. Estamos precavidos para essas dificuldades e vamos continuar com a nossa marca "triunfante" etapa a etapa" concluiu o piloto de Famalicão que vai conservando o lugar de melhor português e, terceiro no agrupamento T2.

Etapa positiva para os portugueses


A nona etapa do Dakar Argentina-Chile revelou-se muito positiva para os pilotos portugueses nos Autos.


Poucas vezes mencionado, Filipe Palmeiro coadjuvou Rene Kuipers até ao 11º lugar da etapa, já a 1h03m40s de Sainz, que venceu a sua quinta etapa nesta edição. Na geral, a dupla do BMW ocupa o nono posto, a 6h37m23s.

No que diz respeito aos pilotos lusos, Leal dos Santos foi o melhor, chegando em 21º na etapa, mesmo à frente de Dieter Depping, piloto oficial da Volkswagen, subindo mais algumas posições na geral. É agora o 71º, um posto à frente de Martine Pereira, que na etapa chegou em 69º.

Francisco Inocêncio terminou a etapa em 23º, demonstrando também ele um excelente desempenho, ocupando agora o 50º lugar na geral. O melhor português é, no entanto, Adélio Machado, que na tirada foi apenas 56º, mas na geral é o 35º melhor.

Apesar da queda fatal do MPR13

"O carro parece um Fórmula 1 do Dakar"





Surpreendidos por um degrau de dois metros na descida de uma duna, Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo despediram-se deste Dakar ao km 38 da especial que ligou San Rafael a Mendonza, na última quinta-feira.

Evoluindo pela primeira vez o Pajero Evolution MPR13, ex-equipa oficial, a dupla brasileira ocupava, até então, um excelente décimo lugar da geral automóvel. "O carro tombou de frente e batemos com a cabeça no tecto do Pajero", contou o piloto, já por duas vezes vencedor do Rali dos Sertões. Queixando-se de fortes dores no pescoço, Vívolo foi mesmo resgatado do local por um helicóptero da organização. Os exames não revelaram qualquer lesão e o navegador recebeu alta no próprio dia.

Piloto elogia Mitsubishi MPR13

A pesar do infortúnio, o piloto brasileiro "diz" maravilhas do carro, apelidando-o mesmo como um "F1 do Dakar": "O carro é absolutamente fantástico. Corro no TT desde 1999 e já pilotei muitos carros da Mitsubishi, mas esse é um veículo muito rápido e resistente. É incrível o que fizemos com ele! E nada acontecia a ele, nem sequer desalinhava a direcção. Superou as minhas expectativas.", referiu.

Novo acidente coloca motard em coma




Cristobal Guerrero é a mais recente vítima da dureza do Dakar deste ano. O motard da KTM caiu por volta do quilómetro da especial de hoje, e foi levado para o hospital de Copiapo, onde lhe serão realizados exames mais completos, desconhecendo-se para já a gravidade dos ferimentos.

Helder Rodrigues quarto, vitória para Jordi Viladoms


Jordi Viladoms venceu a etapa de hoje do Dakar 2009, disputada ao redor de Copiapo, no Chile, na frente de Alain Duclos, com Helder Rodrigues a ser quarto, a 8m29s do vencedor. Com este resultado, o motard do Lagos Team sobe um lugar na geral, e é agora quinto classificado. Paulo Gonçalves surge, para já, em 12º, a 28m15s do vencedor da tirada, e na classificação é 11º.


Marc Coma, o líder da classificação geral, foi apenas sexto, a 12m17s de Viladoms, enquanto Cyril Despres, se quedou pela quinta posição. OS dois homens cometeram um erro de navegação, por volta do km 291, tendo-se visto na obrigação de retornar 23 kms para regressar à pista certa.

Na classificação geral, a hierarquia não se modificou. Marc Coma continua solidamente instalado na liderança, com uma vantagem de 1h24m50s, sobre David Frétigné e 1h31m11s sobre Cyril Despres.

Carlos Sainz e Marc Coma cada vez mais líderes

Dakar só fala espanhol


Se nas motos só mesmo uma hecatombe poderá tirar a vitória a Marc Coma, já nos automóveis, Carlos Sainz constrói, dia após dia, uma margem cada vez mais difícil de recuperar para os seus adversários, que por acaso até são seus companheiros de equipa na Volkswagen.


Desta feita, e ao que tudo indica, Carlos Sainz (VW Touareg) irá somar novo triunfo em etapas, que a confirmar-se, será o sexto nesta edição do Dakar.

Para já, e numa altura que faltam terminar a tirada muitos concorrentes, o piloto espanhol terminou na frente, com uma vantagem de 21 segundos para o norte-americano Robby Gordon, no imponente Hummer, e 7m39s sobre o seu colega de equipa Mark Miller.

Nani Roma, foi quarto a 15m01s, e atrás de si ficou colocado Giniel de Villiers, a 18m15s do espanhol, o que significa que na geral Sainz voltou a dilatar a margem para os seus adversários, colocando-a em 27m31s sobre Miller e 41m13s sobre o Touareg de Giniel de Villiers. Nani Roma permanece em quarto, agora a 1h13m13s do seu compatriota.

Cerca de meia-hora para gerir nos cinco dias de prova que faltam para terminar. Neste contexto, está cada vez mais perto a primeira vitória de um piloto espanhol, nos automóveis, no Dakar.

11ª Etapa anulada devido ao mau tempo


A 11ª Etapa do Argentina-Chile Dakar, que se deveria realizar amanhã, quarta-feira, entre Copiapo, no Chile e Fiambala, na Argentina, foi anulada devido às más condições climatéricas.


"As condições meteorológicas previstas para o dia de amanhã, não permitem respeitar os horários previstos para a jornada. Em consequência, a especial será anulada, com os concorrentes a seguirem para Fiambala em ligação, a partir das 8h00 da manhã de quarta-feira.", referia o comunicado da organização do Dakar.

Motard luso foi quarto na 10ª etapa e ascende ao 5º lugar

Hélder Rodrigues: "Estou mais próximo de fazer história no Dakar"





Num dia muito atribulado, com grandes alterações de última hora no traçado, Hélder Rodrigues voltou a estar em destaque na frente do Rali Dakar Argentina-Chile. Mais rápido que Coma, que se perdeu, foi quarto na etapa e subiu ao 5º lugar da classificação geral.

Aquela que se esperava ser a mais longa e dura etapa do Rali Dakar Argentina-Chile transformou-se antes numa das mais atribuladas até ao momento, com a organização a ser forçada a grandes alterações. O nevoeiro cerrado acabou assim por ditar as regras, obrigando a caravana a uma longa espera. Hélder Rodrigues irá certamente recordar este dia, mas por outras razões: conseguiu a sua melhor prestação até agora ao terminar a etapa com o terceiro melhor tempo.

A décima etapa do Rali Dakar Argentina-Chile acabou por ser dominada pelo espanhol Viladoms, que completou os 476 quilómetros da especial (estavam previstos 666) em 6h35m32s. Rodrigues ficou a apenas 8m29s e superou os ainda líderes da competição, Marc Coma e Cyril Despres. Com esta prestação, o nosso melhor motard de sempre na grande aventura do todo-o-terreno mundial passa a ocupar o quinto lugar da classificação geral. Um resultado que o coloca em perfeita sintonia com os objectivos traçados para esta participação: "Foi um dia muito duro onde a navegação fez a diferença. A minha estratégia resultou e agora sinto que estou mais próximo de fazer história no Dakar", afirmou o piloto à chegada a Copiapo.

Bom desempenho na etapa rainha

Ricardo Leal dos Santos foi 11º da geral


Ricardo Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima, em BMW X5, brilharam ontem na etapa rainha do Dakar sul americano ao averbarem um magnífico 11º lugar da classificação geral da etapa.


Numa trada em que o deserto do Atacama foi abordado em várias travessias de enorme dunas o piloto do Pioneer Desert Team Delta Q ousou intrometer-se entre as principais equipas do rali confirmando que, não fora o azar da primeira metade da prova e seriam estes os seus adversários habituais. O BMW X5 da dupla portuguesa foi ainda o terceiro de entre as equipas privadas que competem neste Dakar Argentina Chile.

"Finalmente conseguimos fazer uma etapa quase limpa, já que as pequenas coisas que nos aconteceram podem ser consideradas como fazendo parte das dificuldades da etapa que era mesmo bastante dura. Era a etapa rainha e sinto que me saí muito bem. À nossa frente só estão carros de equipas oficiais e dois privados. Foi mesmo muito bom", comenta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: "O Pedro navegou muito bem e não tivemos nenhuma crise. Uma roda que saiu da jante, um pequeno atascanço e uma chamada de atenção da embraiagem que a 12 quilómetros do final nos quis pregar um susto".

Na etapa mais majestosa do rali, a dedicação dos navegadores será muito importante. Pela manhã, os veículos saem de junto do Oceano Pacífico para seguir em direcção à fronteira. O retorno a Argentina será em um marco encantador, no Passo São Francisco, a cerca de 4.700 metros de altura.

Prejuízos ascendem a 350.000 euros

Elisabete Jacinto viveu momentos dramáticos





Foram momentos dramáticos os que Elisabete Jacinto viveu na passada quarta feira, poucos quilómetros depois de ter arrancado para a quinta etapa do rali Dakar, competição de todo o terreno, que este ano se está a disputar na América do Sul.

"Desde a segunda etapa que o Dakar se vinha tornado num inferno de pó. Era muito difícil ver dois palmos à frente do nariz, devido a extensas nuvens de pó levantadas pelo o carro ou o camião que seguia à nossa frente. Foi nesse contexto que se deu o acidente. Um Buggy abrandou numa zona de terreno muito instável e atascou. Nem vi nada. Só me apercebi que tinha batido em qualquer coisa. O toque não foi violento mas o Buggy começou a arder. Tentei recuar, mas o carro ficou preso ao nosso camião e veio atrás. Tentámos apagar o fogo, mas os extintores não foram suficientes. Foi tudo consumido pelas chamas", explica Elisabete Jacinto.

Até essa altura da corrida a piloto do Team Oleoban MAN Portugal estava a ter um comportamento desportivo notável. "No primeiro dia de corrida fiz logo um 11º lugar. Foi o melhor resultado dos portugueses. Nos camiões nunca ninguém tinha pensado que eu conseguisse ser tão rápida e classificar-me junto do protótipos. Mais tarde o director desportivo da Kamaz veio dizer-me que estava a acompanhar a minha corrida e que todos os dias ia ver os meus resultados. O facto de ser mulher numa competição de homens tem grande impacto e na Rússia publicam várias fotos e entrevistas comigo" salienta Elisabete Jacinto que confessa não ter reconhecido Yvan Muller, campeão do mundo do WTCC, piloto do Buggy que ela se preparava para ultrapassar e que também foi obrigado a terminara a prova mais cedo.

"Não sou nenhum expert em desporto motorizado e para mim era apenas um piloto que, tal como eu, estava em estado de choque, ao ver tudo a arder. Estava a dar o melhor de mim e sentia que podia fazer uma grande prova se não fosse o maldito pó. Estou convencida que este ano poderia ter terminado o rali nos 15 primeiros", conta Elisabete Jacinto.

Agora, Elisabete Jacinto apanhou boleia num dos automóveis de imprensa e acompanha o dia a dia da prova. "Nunca tinha visto assim uma corrida. Gosto de reparar como os pilotos abordam cada situação e claro retenho muito mais nos camiões. Adoro ver a leveza com que os primeiros ultrapassam as dunas. É magnífico. No Bivouac tenho feito um papel de espião e já fui espreitar as evoluções técnicas dos principais camiões. Já aprendi muito", explica a piloto que, para já, não que falar do futuro.

10ª Etapa: Copiapo-Copiapo

Pedro Bianchi Prata: "A parte melhor foi sem dúvida as dunas"





A décima etapa deste Rally Raid, inicialmente a mais longa de todas, acabou por ser reduzida logo de manhã após a verificação da especial confirmar que havia uma falta de areia em certos troços, passando de 666km a 476km.

O arranque foi complicado, o nevoeiro não permitiu a descolagem dos helicópteros médicos e acabou por ser adiada. Mesmo assim, Bianchi Prata, da equipa Bianchi Prata/CIN, não desanimou com todas estas alterações e enfrentou com entusiasmo a especial, que de acordo com o piloto portuense foi a que lhe deu mais prazer.


Pedro Bianchi Prata: "A especial foi linda, das mais bonitas até hoje. Havia partes de muita areia e pedra e passagens em zonas montanhosas. A parte que me deu mais prazer foi sem dúvida as dunas. Havia descidas com mais de um quilómetro...Realmente impressionante! Com dunas desse tamanho todo o cuidado é pouco e optei por não andar muito rápido para reduzir os riscos. Mesmo assim em comparação com ontém, melhorei a minha classificação. O calor sente-se muito mas o deserto é lindo e a paisagem é tão rica e diferente de tudo que até hoje já vi, que passa para segundo plano. Com o arranque de hoje adiado, a redução da especial acabou por ser benéfica. Tantos quilómetros num percurso tão diversificado acabou por ser demorado."

Piloto da Padock continua a liderar entre portugueses

Adélio Machado : "Fartámo-nos de cavar, por prancha tirar prancha..."


Quando se prepara para cumprir em ligação a "anulada" 11ª etapa do Dakar Argentina-Chile Dakar, Adélio Machado mostra-se bastante optimista quanto às especiais que faltam realizar com vista a um lugar entre o pódio T2 e o excelente resultado que vem mantendo entre a comitiva lusa, liderando a classificação desde a sexta etapa:


"Vamos continuar a ser prudentes e não por em risco em grande desafio. Para vencer o Dakar teremos que chegar ao final, o Dakar ganha-se etapa a etapa, sendo regular e consistente. É isso que temos vindo a fazer, é importante saber gerir o esforço e a mecânica do carro nestas etapas de muito desgaste em especial para as viaturas de serie" relembrou o piloto de Famalicão que terá na etapa de amanhã um grande teste à capacidade da mecânica do Toyota que não pode contar com assistência no final do dia de hoje no bivouc em Fiambalá, sendo esta uma etapa maratona.

A etapa de hoje foi anulada devido às condições meteorológicas - estando previsto intenso nevoeiro no alto das montanhas com altitude a chegar aos 4.000 mts, o que coloca em causa o cumprimento do horário previsto. Desta forma os concorrentes efectuaram uma ligação de Copiapó até ao bivouc localizado em Fiambalá.

O Deserto de Atacama criou grandes dificuldades ao piloto da Padock Competições na décima etapa, com as mais íngremes dunas do Chile a obrigar ao uso das pranchas: "fartamo-nos de cavar, por prancha tirar prancha... foi uma etapa que obrigou a muito trabalho físico da equipa e muita atenção na navegação. Tivemos um descuido que nos custou cerca de 45 minutos e um furo, tirando isso correu normalmente, com grandes alterações de piso, mas é isto o Dakar" revelou Adélio Machado que terminou a decima etapa do Dakar sul americano na primeira metade da caravana, descendo um lugar na categoria Produção - T2, a escassos minutos do pódio.

Falha do alternador e bateria atrasam equipa lusa

Martine Pereira passou a noite no deserto





Martine Pereira e José Marques acabaram de chegar ao bivouc em Copiapó depois de uma longa etapa, devido aos problemas de alternador e bateria do Toyota Land Cruiser: "foi muito complicado, é segunda noite que passo no deserto! Desta feita, foi a bateria e o alternador que teimava em não funcionar. Fomos obrigados a esperar pelo camião de assistência que por três vezes teve de mudar estes órgãos mecânicos."

"Acabamos por fazer a parte que faltava da especial com dunas enormes a um ritmo muito lento, sempre na calha do nosso camião de assistência que nos acompanhou em pista. O que importa é que chegamos ao final de mais uma etapa, bem de saúde e entre a caravana. Vamos tomar o pequeno-almoço e partir para esta especial que acabou por ser anulada" adiantou o piloto da Padock Competições bastante agastado, mas feliz por poder prosseguir esta grande aventura desportiva e humana.

A anulação desta 11ª etapa, devido às condições meteorológicas adversas, com denso nevoeiro nas montanhas da Cordilheira dos Antes com altitudes a rondar os 4.000 mts, levará os concorrentes em ligação de Copiapó até ao bivouc localizado em Fiambalá: "o que será optimo, depois de uma desgastante etapa. Vamos aproveitar para descansar um pouco quando chegar-mos ao bivouc e preparar a especial de amanhã em direcção à fronteira argentina. Buenos Aires é cada vez mais um lugar apetecível! O pódio é já um horizonte".

Etapa 12 - Fiambalá/La Rioja

Hoje é dia das temidas dunas brancas





Após novo dia de descanso forçado, o dia de hoje irá ter na estrada um total de 277 equipas - das quais 132 motos e quads, 89 automóveis e 56 camiões. O número total de abandonos oficiais ascende a 222. Hoje, o vencedor da etapa 10 nas motos, o espanho Jordi Viladoms (KTM), foi o primeiro a sair para a especial do dia, que teve uma ligação de 4 km; a especial terá 253 km ante de nova ligação de 261 km, para um total de 518 km.

A tirada é um concentrado de técnicas. Vários tipos de dunas estarão presentes, incluindo as temidas dunas brancas. A três dias da chegada, esta etapa pode mudar a hierarquia, especialmente pelos veículos de assistência não terem acesso. A regra absoluta é saber poupar o veículo.

Carlos Sainz abandona Dakar


A 12ª etapa do Dakar Argentina-Chile foi madrasta para o espanhol Carlos Sainz, que se viu forçado a abandonar após um violento acidente.


De acordo com as últimas informações, o Volkswagen Race Touareg no qual seguiam Sainz e o seu navegador Michel Perin caiu numa ravina, com este último a ficar ferido numa omoplata.

O francês foi já transportado para o bivuoc, onde deverá, depois, seguir para uma unidade hospitalar.

Termina, assim, de forma inglória a participação de Sainz nesta primeira edição do Dakar sul-americano, com o piloto espanhol a ter vencido seis das especiais disputadas até aqui e a cotar-se como o principal favorito de uma competição que estava praticamente resolvida a seu favor.

Intempérie dificultou a vida à caravana

Cyril Desprès venceu; Rodrigues mantém 5º posto


Cyril Desprès venceu a 12ª tirada dedicada às motos, num dia em que as condições atmosféricas dificultaram ao máximo a tarefa dos concorrentes.


O piloto francês superiorizou-se ao líder da geral, o espanhol Marc Coma, que chegou em segundo lugar, a 1m23s de Desprès, ao passo que em terceiro ficou outro espanhol, Ferres Guell, já a 9m47s.

David Casteau e David Fretigné ocuparam a quarta e quinta posição, respectivamente, logo na frente de Francisco 'Chaleco' Lopez.

A intempérie que se abateu sobre as regiões de Fiambalá e La Rioja tornou a vida dos motards bem mais complicada, com chuva torrencial e ventos fortes a marcar a sua presença ao longo de quase toda a tirada.

Entre os portugueses, Hélder Rodrigues, da Lagos Team, foi o melhor, chegando em décimo posto, a 19m49s, ao passo que Paulo Gonçalves terminou duas posições depois, em 12º, a 26m51s. Bianchi Prata ainda não cruzou a meta.

Na frente da classificação geral nada se alterou, com Coma a manter Desprès a cerca de hora e meia de distância, ao passo que Rodrigues mantém o quinto posto por apenas três segundos de diferença para Per-Anders Ullevalseter. Paulo Gonçalves, da Repsol Honda, é o décimo.

OFF TOPIC

Só para vos fazer inveja.
Hipótese é bastante provável

Carlos Sousa de Mitsubishi Racing Lancer no CPTT?


Carlos Sousa vai regressar em 2009 ao Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, e de acordo com o jornal "A Bola" irá fazê-lo aos comandos de um dos novíssimos Mitsubishi Racing Lancer, carro com que a equipa oficial da marca dos três diamantes está a disputar o Dakar.




O AutoSport sabe que essa é uma das hipóteses em cima da mesa, mas o piloto, defende-se, e a exemplo do que disse ao jornal "A Bola", não confirma nem desmente, referindo unicamente que nada está confirmado, encontrando-se ainda em negociações.


Depois digo-vos se é verdade.

Curiosidades:
Ettiene Smulevici (61 anos) e Yoshimasa Sugawara (67 anos)

Os recordistas de partipações





Ninguém tem mais participações no Dakar que estes dois sexagenários. Com 61 anos, Etienne Smulevici - aliás, "Semoule", como é mais conhecido no meio - é não só o recordista de presenças como também o de chegadas. A sua estreia foi há 27 anos, o que significa que apenas falhou quatro edições desde 1979.

À chegada à América do Sul, o experiente francês declarou-se "feliz como da primeira vez. Quando é que vou parar? Preveni a minha família e os meus amigos que não conto colocar um ponto final nesta aventura antes de alinhar em... 50 edições", avisou em tom solene, antes de se desfazer em risos. Quando conseguiu retomar o ar sério, explicou os seus objectivos: "Melhorar o meu recorde de 19 chegadas e terminar entre os 15 primeiros", atirou "Semoule", que este ano se faz à aventura num dos buggy SMG de Philippe Gache.

Pleno de humor e vitalidade, Yoshimasa Sugawara é outro dos nomes incontornáveis do pelotão. Com 67 anos e 25 edições cumpridas, o japonês volta a tentar a sua sorte na corrida dos camiões, onde se assume como "um sério candidato ao "top ten", mas só porque já me parece difícil aspirar a um pódio", adverte o piloto do "pequeno" Hino Ranger. Impaciente por chegar ao deserto de Atacama, garante que fez a preparação perfeita para esta prova: "Cerveja e tabaco". Nem mais...

Mais Velhos sem juízo !!!

Quanto a mim, sinto inveja.

Eles vão e eu fico a ver pela TV.

Não me importava de dormir ao relento.

e quem não sente inveja

Eu dava tudo para participar numa aventura destas... acho que è o sonho de muito boa gente, mas infelizmente muito poucos têm oportunidade / possibilidades para isso.

Eu cá por mim nem precisava de uma grande máquina... até ìa num HYACE !!!! ainda podia fazer uns trocos pelo caminho :Rir:

Abraço

R.Sequeira escreveu:

Mais Velhos sem juízo !!!

Tomara muitos de nós, mesmo com muito dinheiro, ainda ter capacidades fisicas para conseguir participar num Dakar.

Falta de Juizo eh que eles não teem, teem eh um espirito de aventura fora de série.

Volkswagen continua a dominar Dakar

Azar de Sainz foi sorte de Giniel de Villiers


A 12ª etapa do Dakar Argentina-Chile fez jus não só à reputação de rali mais difícil do mundo, mas também ao factor de imprevisibilidade que sempre foi característica desta competição.


Com a prova praticamente controlada, e quando já tudo apontava para a sua vitória, o espanhol Carlos Sainz foi vitima de um erro no road-book e acabou fora de prova, num aparatoso acidente que acabou por não ter consequências mais graves do que o seu abandono, deixando o comando da prova para outro Volkswagen, o de Giniel de Villiers.

Para a Volkswagen, apesar do abandono de Sainz, os estragos acabaram por ser minimizados já que a etapa foi ganha pelo sul-africano, com outro carro alemão no segundo posto, o de Mark Miller.

Em terceiro na etapa chegou o norte-americano Robby Gordon, com o seu Hummer H3, a 25m27s, logo na frente do VW de Dietter Depping e do BMW de Novitskiy.

O dia foi também muito nefasto para o único dos Mitsubishi em prova, o de Nani Roma, com o piloto espanhol a parar a meio da especial com problemas mecânicos no seu carro, não se sabendo ainda se irá continuar em prova ou se, pela primeira vez em muitos anos, nenhum Mitsubishi oficial chegará ao fim.

Quanto aos pilotos portugueses, ainda nenhum chegou à meta.

Na geral, a Volkswagen continua a estar em boa posição para alcançar a sua primeira vitória na prova, com Villiers a ter 2m35s de avanço sobre Miller, numa luta que até ao fim deverá ser apenas restrita aos VW, já que o terceiro, que agora é Robby Gordon, está já a 1h18m52s.

Hélder Rodrigues mantém quinta posição na geral





Hélder Rodrigues rubricou o 12º tempo na etapa de hoje, que marcou o regresso da competição a terras argentinas, o que lhe permitiu manter o quinto lugar na geral.

Num dia em que a chuva e o vento forte se fizeram de convidados no Dakar sul-americano, o motard da Lagos Team reduziu ainda a distância que o separa do quarto classificado, que é David Casteu.

Quarto motard a arrancar para a etapa, disputada entre Fiambala e La Rioga, o português passou no CP1 no nono posto, rodando em bom ritmo e batendo nesse check-point pilotos como José Hélio, David Casteu e ainda o norueguês Per-Anders Ullevalseter.

Empenhado em seguir uma estratégia ofensiva, o piloto de Sintra teve uma segunda parte menos feliz na especial, cortando o CP2 no 16º posto. Autor de uma bela recuperação de seis posições nos quilómetros finais do troço cronometrado, o piloto português melhor classificado no rali conserva o quinto posto na classificação geral.

Dificuldades no caminho de Leal dos Santos





A dupla composta por Ricardo Leal dos Santos e Pedro Pires de Lima foi uma das que sentiu imensas dificuldades para chegar ao final da 12ª etapa, entretanto neutralizada.

A dupla da equipa Pioneer Desert Team Delta Q ocupava esta tarde a 7ª posição absoluta ao km 137, mas a extrema dificuldade da etapa, com dunas de areia muito mole e diversos perigos obrigou a organização a interromper a corrida, neutralizando-a e permitindo assim a recuperação dos muitos concorrentes que estão parados no meio da especial cronometrada.

Bianchi Prata: "Foi um dia de sonho"





Num dia marcado pela visita inesperada da chuva, a 12ª etapa do Dakar foi descrita por Pedro Bianchi Prata como "um verdadeiro dia de rali". Visivelmente satisfeito com a etapa que contou com dunas de areia branca gigantes e muita navegação, o piloto da equipa Bianchi Prata/CIN, melhorou a sua classificação chegando ao fim da especial em trigésimo terceiro da geral.

"Foi um sonho de dia. Nunca vi dunas de areia tão branca. Choveu muito no início mas nem dei conta. Adorei...", começou por dizer o piloto, satisfeito pelo modo como a etapa correu.

"Foi o primeiro dia de rali a sério! A especial era técnica e com muita navegação com way-points bem escondidos! Na parte final havia uma passagem de um desfiladeiro em que a navegação era particularmente difícil. Mas em geral só posso dizer que foi um espectáculo de etapa. Deu-me muito gozo, acho que o que mais marca este Dakar é a variedade de paisagens e percursos que enfrentamos. São muitos dias mas todos diferentes e isso aumenta o desafio porque temos que nos adaptar aos diferentes terrenos. É fantástico. Arranco todos os dias com vontade de descobrir qual vai ser o desafio do dia, sempre com a bandeira de Portugal nas minhas costas!"

Amanhã a especial entre La Rioja e Cordoba prevista de 545km é a penúltima deste Dakar. Após tantos quilómetros percorridos, o dia vai ser longo com um total de 753km no menu.

Etapa problemática para pilotos portugueses


Depois de uma etapa difícil que acabou por ser neutralizada, os pilotos portugueses chegaram bastante atrasados ao final, com Ricardo Leal dos Santos a ser o melhor classificado, em 40º, a 7h07m05s.


De salientar que Leal dos Santos chegou precisamente antes do único Mitsubishi ainda em prova, o de Nani Roma, que hoje sentiu diversos problemas com o carro japonês, comprometendo as hipóteses de uma boa classificação.

Filipe Palmeiro, que navega o piloto holandês Rene Kuipers, foi o 42º, ao passo que Adélio Machado chegou em 56º, a 07h55m45s do mais veloz da etapa. A dupla composta por Nuno Inocêncio e Jaime Santos finalizou a etapa em 69º, já a 08h16m45s, enquanto que Francisco Pita e Humberto Gonçalves chegaram em 82º.

Martine Pereira e Teixeira Marques foram os 85º e numa etapa para esquecer Francisco Inocêncio e Paulo Fiúza foram apenas os 90º, já a mais de 11 horas.

Na geral, Palmeiro (com Kuipers) é o décimo, enquanto que em termos de pilotos, Adélio Machado continua a ser o melhor luso, em 37º, mas já a mais de 39 horas de distânica de Giniel de Villiers, que é agora o líder do Dakar.

Francisco Inocêncio ocupa o 46º lugar, enquanto que o seu irmão Nuno é o 65º. Mais atrasado, em 75º, surge Leal dos Santos, que vinha a efectuar uma boa recuperação na classificação. Francisco Pita é o 80º, logo na frente de Martine Pereira.

Apesar das posições estarem longe daquilo a que os pilotos aspiravam inicialmente, é de salientar o facto de todos eles estarem em prova num Dakar que se tem revelado tão duro e castigador para quase todos os pilotos, sendo que nem os mais experientes escapam, como se viu ontem com Carlos Sainz.

13ª Etapa encurtada de 544 para...220 kms


E vai mais uma! A exemplo do que já sucedeu por várias vezes, a etapa de hoje do Dakar, prevista entre La Rioja e Córdoba, vai perder grande parte do seu percurso devido, uma vez mais, às condições meteorológicas.


Tendo em conta as chuvas torrenciais que se abateram sobre a região na noite passada a organização decidiu encurtar a etapa de hoje, retirando-lhe... 324 km. O percurso cronometrado far-se-á apenas em 220 km em vez dos 544 previstos para a tirada.

Etapa de ontem foi neutralizada
Entretanto, a etapa de ontem, a 12ª foi neutralizada pela organização devido à extrema dificuldade do percurso: "Tendo em conta o número de pilotos em dificuldades, na zona entre o km 140 e 170 da especial, a direcção de prova decidiu neutralizar a etapa de modo a permitir aos concorrentes que se dirigissem para La Rioja em ligação, a partir do km 175.

Este Dakar está complicado em termos de dureza.

Ou houve uma grande falta de atenção aos promenores.

Eles em Àfrica já estavam rotinados mas na América do Sul é tudo novo.

E há erros crassos e perigosos no Road Book.

Vi o acidente do Sainz e foi impressionate.

Se o heli não estivesse a filma-los tinha sido pior.

O Nani Roma não cai em cima do Sainz porque o operador de camara avisou-o a tempo.

Carlos Sainz: "Merecia ganhar o Dakar"


Carlos Sainz voltou a viver momentos como o que passou no final do Rali da Grã-Bretanha de 1998, quando a 300 metros da meta, e de ser Campeão do Mundo, viu o motor do seu Toyota Corolla WRC entregar a alma ao Criador e assim perder um título praticamente no bolso.



//



Desta feita, tudo parecia indicar que iria tornar-se o primeiro espanhol a vencer o Dakar nos automóveis, mas, mais uma vez, a sorte nada quis com o espanhol, que devido a um erro no road-book, caiu com o seu VW Touareg 2 por uma ravina de quatro metros, capotando, vendo o seu navegador partir a omoplata, terminando ali todas as esperanças de chegar à vitória.

"O piloto que seguia atrás de mim não nos caiu em cima por milagre. Havia um rio seco que não estava sinalizado e caímos no leito, que estava quatro metros abaixo do nível da estrada. A zona estava referenciada como perigosa, mas a nota do road-book deveria sinalizar extremamente perigoso, já que era uma autêntica ravina.", referiu Sainz.

Já o BMW do russo Leonid Novitskiy chegou a estar com duas rodas na ravina, ou seja a queda esteve apenas a alguns centímetros, com o plioto a lograr imobilizar o BMW no limite do acidente. É exactamente o piloto russo que se vê nas imagens a recolocar o carro de Sainz em cima das rodas.

Já Nani Roma esteve perto de lá cair também, mas a organização posicionou um carro no local, "avisando" assim os pilotos que se seguiam. Sainz disse que o carro poderia ter continuado em prova, mas os membros da organização não o permitiram devido à lesão de Michel Périn: "É uma grande decepção, mas as coisas são assim mesmo. Quando estamos mais tranquilos e quando menos esperas, apanhas um road-book errado que contribui para te mandar para casa. Não sei o que se vai passar para o ano, se a VW correr ou não corre, agora só quero voltar para casa e esperar que a Volkswagen ganhe a corrida porque trabalhámos muito para o conseguir.", referiu Sainz à Marca.